Ilha de Ideias

quinta-feira, janeiro 27, 2005

Exercício da aula de Seminário de Escrita Criativa

Personagens:

Manuel Fonseca
Manuel é um homem de 31 anos, todos os dias por volta das 5 e meia da manhã levanta-se da cama para mais um dia de rotina. Assim que acorda a primeira coisa que faz é lavar os dentes, hábito que desenvolveu desde criança porque todos os dias ouvia a sua avó a ralhar ( Oh Manel, se não escovas os dentes ficas como o Zeca ali da tasca! ). Manuel chega mesmo ao cúmulo de escovar os dentes 10 vezes por dias.
Depois de fazer a sua higiene pessoal prepara-se para mais um dia de entregas. Chega ao posto de correios, divide a correspondência, mete a mala às costas e segue para a zona de serviço situada na Estrela.
Enquanto deposita as cartas no correio depara-se com as mesmas pessoas de sempre. A senhora Emília, peixeira de profissão que todos os dias faz a mesma pergunta: Oh Manel, trazes alguma coisa para mim? E a senhora Amélia da padaria que todos os dias guarda um papo-seco fresquinho como ele tanto gosta.
Manel é adorado por todos, a sua simpatia e boa disposição cativam todos aqueles que o conhecem. É um jovem alto, entroncado mas com uma barriguinha saliente reflexo das inúmeras cervejas que bebia com o António da talho na tasca do Bexigas. Tem o cabelo ruivo encaracolado do pai, a cara pálida da mãe e os olhos esbugalhados sabe-se lá de quem.
Depois de um dia cansativo de trabalho, Manel vai para casa e ao seu jeito metódico e organizado coloca os seus sapatos no lado direito do hall de entrada. Rapidamente calça as suas pantufas em forma de papagaio oferecidas pela sua avó Matilde no seu vigésimo aniversário.
Depois de vestir uma roupa confortável dirigi-se para a cozinha de forma a preparar o seu jantar. Retira dos seus armários catalogados por ordem alfabética e dividido por cores os ingredientes necessários para o seu jantar. E claro, antes do jantar Manel não se esquece de escovar os dentes.
Desde que os seus pais se mudaram para Pampilhosa da Serra que a sua vida se tornou monótona e solitária. Apesar de ter tido algumas namoradas Manel só se apaixonou verdadeiramente por uma. Chegou mesmo a partilhar o apartamento com ela, mas num fatídico dia de inverno Marília usou e abusou da sua escova de dentes. Manel já a tinha avisado com alguma moderação que ela podia usufruir de tudo menos da sua escova de dentes. Nunca mais a quis ver e decidiu não se relacionar com mais ninguém.

Alice Oliveira
Alice era uma jovem mulher de 35 anos, independente, possuidora de uma inteligência acima da média. Dedicada no seu trabalho, passava dias e noites à frente do computador buscando a perfeição. Era editora num jornal cultural à cerca de 10 anos.
Não é por acaso que Alice se tornou uma mulher empenhada e lutadora. Aos 12 anos, o pai fugiu de casa deixando toda a família na penúria. Para colmatar esta situação, Alice viu-se obrigada a crescer precocemente, fazendo todo o tipo de biscates de forma a ajudar a sua mãe, cujo salário de mulher a dias não chegava para todas as despesas.
Aos 18 anos ingressou no curso de germânicas enquanto trabalhava num escritório de advogados como dactilógrafa. Foi aqui que conheceu Aníbal por quem se apaixonou na primeira troca de olhares. Passados alguns meses casaram no civil, visto não terem condições para uma grande festa.
Mas depressa o sonho de uma vida feliz se tornou num pesadelo tenebroso. Aníbal revelou ser um homem violento e alcoólico. Esta situação levou-o a ser despedido e o dinheiro que Alice ganhava não chegava para as despesas da casa e para sustentar o terrível vício do marido.
Apesar de não desejar a morte de Aníbal causada por uma cirrose galopante, Alice não conseguiu evitar o alívio que sentiu naquele fatídico dia.
Alice era uma mulher alta, de olhos e cabelos pretos. O seu rosto mostrava já marcas da vida complicada que tinha tido até então: olheiras escuras e profundas e algumas rugas de expressão. No entanto, a sua sensualidade não passava despercebida aos olhos dos vários homens com quem convivia.
Afonso, redactor do jornal onde trabalha actualmente, foi o único homem que a fez esquecer a monotonia de um casamento falhado. Tinham uma relação moderna, sem compromissos, mas que a preenchia na totalidade.

Carlos Almeida
Carlos Almeida era um reformado de 65 anos, alfacinha de gema, que morou toda a vida no Príncipe Real. Os seus dias eram passados no jardim da zona onde jogava às cartas com os seus comparsas. Não era importante o jogo em si, apenas lhe interessavam as vitórias: era, definitivamente, um mau perdedor.
Os poucos cabelos que tinha estavam minuciosamente penteados com litros de brilhantina. Sempre de lenço ao pescoço e engomado da cabeça aos pés, finalizava a sua toillete com uma bengala a condizer.
Teve uma infância feliz, ou não fosse ele filho único! Era apaparicado pela mãe, pelo pai, pelas tias, pelos avós e pelas dezenas de empregadas que trabalhavam no casarão da Cecílio de Sousa.
Passava os dias entre os bordados da mãe e as iguarias da D. Carolina, governanta da casa. Tanto mimo e tantas mulheres ao seu redor levaram Carlos a questionar a sua sexualidade desde cedo... Só gostava de brincar com bonecas, às casinhas, às mães e aos pais e de fazer penteados às suas primas.
Teve uma adolescência complicada. Rejeitado pelo pai, ignorado e achincalhado pelos colegas, descobriu no cabeleireiro da Calçada do Combro o seu refúgio. Era lá que passava a maior parte dos seus tempos livres com o casal de amigos e proprietários deste estabelecimento, Jacques e Francisco.
Desistiu do curso de Engenharia Civil e aceitou o convite dos amigos cabeleireiros para abrir um novo espaço dedicado a questões de estética e beleza ali no Bairro Alto. Teve de pedir algum dinheiro à sua querida mãe, sem conhecimento do pai desiludido pelo caminho que o filho decidiu tomar.
Aqui passou o resto dos seus dias, sempre satisfeito e orgulhoso das obras de arte capilares que era capaz de fazer. Chegou a ganhar inúmeros concursos nacionais, europeus e mundiais de penteados. Todos ali na zona conheciam o famoso Carlos Champs Elysées (nome artístico).
Acabou por se envolver com Sérgio Ribeiro da Cunha, cliente habitual do salão e investidor da alta finança. Foi um amor tórrido, mas com consequências graves: sempre com a sua mania de investir, Sérgio deu cabo de toda a fortuna de Carlos levando a uma separação muito dolorosa.

Sofia Andrade
Sofia era uma jovem de 18 anos, com uma vida miserável. Foi com apenas 13 anos que teve contacto pela primeira vez com o envolvente mundo da droga. Passava grande parte do seu tempo com as primas mais velhas no café, por sinal, muito mal frequentado, em engates pouco apropriados para a sua idade.
Foi aqui que conheceu o Joaquim, carocho de profissão e embrenhado até à raiz dos seus cabelos no submundo do proxenetismo. Como não poderia deixar de ser viu em Sofia um alvo fácil para usar na sua rede de negócios obscuros e negros.
Aliciou-a, prometendo-lhe mundos e fundos e jurando-lhe a sua eterna paixão.
A ingénua Sofia foi na conversa do malandro e deixou-se envolver no romance sem olhar aos males que dali advinham. Mal parava na barraca, ali para os lados do Casal, para não falar da sua ausência na sala de aulas. Só pensava em Joaquim e em passar tempo com ele. Daí até fumar o seu primeiro charro foi um pulo. Segundo palavras da própria, fazia-a rir... Muitas ganzas se seguiram até Joaquim lhe apresentar a sua amiga heroína. Como devem calcular, uma miúda de 13 anos não tem a noção das consequências deste tipo de droga.
O vício tomou conta dela transformando-a numa jovem sofrida e infeliz, completamente alheada do mundo real. Nesta altura já morava na barraca de Joaquim, onde muitas outras também pernoitavam. Eram conhecidas como as meninas do J’aquim e prostituiam-se em troca de algumas graminhas fornecidas pelo “patrão”. Sofia era uma delas....
O seu cabelo, outrora louro e brilhante, era agora uma pasta cinzenta mal disfarçada por um carrapito. Os seus olhos azuis mal se viam, o seu corpo roliço deu lugar a um amontoado de ossos esburacados pela voracidade das seringas.
Como podem depreender, a vida de Sofia não foi muito mais além e a desgraça apoderou-se do que restou dela.

Daniela Freitas
Daniela de 30 anos tinha decidido que era a altura ideal para ser mãe. Toda a vida foi uma mulher muito interessante, apesar de ser baixa e não ter umas feições muito bonitas, o seu estilo sobressaía sempre. Era uma mulher de muito bom gosto e gostava de coisas boas e caras, por isso, começou a trabalhar relativamente nova. Como reflexo do seu bom gosto e vontade de viver em contacto com as novidades de todo o mundo, Daniela foi trabalhar como hospedeira para a TAP.
Ela tinha uma boa condição económica e com a morte dos seus pais, herdou um prédio na zona velha de Almada, perto do Castelo. Foi então que, já casada com Filipe, seu namorado desde sempre, decidiram ter um filho.
O que a principio parecia simples e a concretização de um sonho, tornou-se num empecilho nas suas vidas despreocupadas.
Daniela apercebe-se de que não consegue engravidar. Após consultarem vários especialistas na área da fertilização, mentalizam-se que dificilmente conseguiriam ter um filho. Tentaram vários tratamentos de fertilidade e nenhum deu resultado. Foi a um ginecologista que tinha ajudado uma amiga sua a enfrentar o mesmo problema e que a aconselhou a tentar a técnica de fertilização in vitro. Passaram-se alguns meses e, nada... Daniela começava a desesperar e a ficar cada vez mais obcecada com a ideia de ser mãe. Não se mentalizava com a situação e para ela já valia tudo.
Preocupada, acima de tudo, com a sua felicidade e o seu desejo de ser mãe, dirigi-se a um Banco de Esperma.
Ao chegar a casa, informa Filipe da sua decisão. Filipe ficou magoado por ela ter tomado a decisão sem sequer o consultar e sem lhe dar a hipótese de se pronunciar sobre o assunto.

Ruth Rita
Manicura de profissão, Ruth Rita, sonhava pisar um palco. Morava em A-da-Beja com a sua mãe Kárina, uma mulher enxuta e virada p’rá frentex. Faziam a vida negra a Tó Nando, serralheiro de profissão, pai de Ruth Rita.
Passava o dia a falar dos grandes feitos que poderia vir a fazer num palco, a imaginar-se e a sonhar alto. Toda a gente lhe achava imensa graça. Na verdade muitos lhe diziam que ela tinha fortes parecenças com a sua cantora preferida, a Ágata, o que a deixava feliz da vida. É certo que a semelhança entre elas era pouca, ou nenhuma, a não ser na cor de cabelo, que só era loiro porque estava pintado, na sua grande poupa cheia de laca e no seu carrapito no alto da cocuruto.
Mas Ruth Rita era ambiciosa e certo dia, parada à frente da televisão, sua maior companheira, viu anunciar um concurso para assistentes de um programa de televisão em horário nobre.
E foi assim que começou a sua “carreira” artística. Ruth foi aos castings e devido ao seu à vontade com as câmaras, a produção não hesitou em dar-lhe aquela que seria a oportunidade da sua vida... Ruth era agora a assistente principal de Teresa Guilherme no 1,2,3 e pavoneava-se alegremente pelo estúdio enquanto bamboleava as suas ancas e nádegas esculturais.
Mas estes 15 dias de fama foram sol de pouca dura. A mania que Ruth tinha de se apoderar da câmara, atropelando a apresentadora, levou ao seu despedimento.
Até hoje, esta rapariga ambiciona uma vida de fama e continua numa procura incessante de oportunidades profissionais no meio artístico.
Trabalha no café da zona, atrás do balcão, mas todos os dias presenteia os seus novos clientes com os sucessos mais recentes da sua fonte de inspiração, a rainha do pimba: Ágata... Aos fins de semana dá uns concertos que deixam muito a desejar no centro recreativo do bairro.

Alfredo Costa
Aos 5 anos, Alfredo já sabia o alfabeto de cor e salteado e já fazia contas de dividir, o que deixava a sua avó, D. Cezaltina, muito preocupada. Decidiu então levar o seu neto a um pediatra amigo seu. À saída da consulta, o sorriso nos seus lábios era mais do que evidente: O seu netinho era sobredotado! Mas que maravilha! Isso queria dizer que ele era mais esperto que todos os outros meninos da sua idade.
Toda a vida académica de Alfredo foi muito atribulada. O ano em que estava nunca correspondia ao seu grau de conhecimento, o que o levou a saltar da 1ª para a 3ª classe, do 5º para o 9º ano e assim sucessivamente.
Tirou um curso de linguística em Oxford com bolsa e tudo! Mestrou-se, Doutorou-se, fez várias especializações e se mais houvesse mais fazia.
Para além de todas estas qualidades, Alfredo era o sonho de todas as mulheres: Alto, moreno e com uns grandes olhos verdes. Revelava um gosto e uma sensibilidade fora do normal: Era uma brasa!
Nunca se casou. Não gosta de compromissos e prefere conhecer várias mulheres, ter várias experiências. Acredita que desta forma há-de encontrar a perfeição numa mulher um destes dias.
É professor universitário em várias Faculdades: A maior parte delas em Portugal e de 15 em 15 dias ía até Madrid onde era Director Geral
da Universidade.
Os 45 anos que tinha passavam-lhe ao lado. Era um eterno jovem, gostava de sair à noite e sempre que podia fazia uma viagem, regra geral, muito exótica.

João Espírito Santo
O menino Joãozinho era uma criança muito problemática: era abusador, mal educado e violento, ou seja, insuportável.
As educadoras já não sabiam o que fazer. O Joãozinho, sem saber, era a razão de todos os problemas dentro da sala de aulas. Batia nos colegas, respondia mal às professoras, não respeitava os castigos e tinha uma mania muito desagradável: cuspia para cima de tudo e de todos quando as coisas não eram feitas à sua maneira.
Desesperada, a sua professora Mónica, decidiu convocar uma reunião de emergência com os pais do rapaz, convencida que os seus problemas eram provocados por excesso de mimo.
Mas as suas suposições estavam erradas: o João era o 5º de sete filhos. Não havia possibilidade de ser mimado, já que os pais passavam maior parte do dia a trabalhar e repartiam de igual forma a atenção por todos os filhos.
Mónica achou por bem aconselhar os pais a levarem-no a uma consulta de pediatria e que expusessem ao médico, sem ocultar nada, a situação instável do seu aluno.
Na sala de espera, o rapazinho loiro e franzino não conseguia parar quieto e chegou a partir 2 cinzeiros... Os pais não sabiam o que fazer e já estavam envergonhados com toda aquela situação...
O médico, ao observar o João, mostrou-se entusiasmado, pois sabia bem qual era o problema do pequenote: “O João é hiperactivo! É normal nas crianças da idade dele... Não pensem que é caso único! Vou dar-vos o contacto de uma associação onde vários pais de filhos com o mesmo problema se encontram e partilham experiências...”
O conselho do médico foi seguido à risca e a situação do João acabou por se resolver. Para além disso, os pais encontraram naquela associação um apoio e um grupo de amigos para a vida!


Enredos:

MULHER COM CARREIRA SOBREVIVE A UM DESASTRE DE AVIÃO
Uma mulher com uma profissão muito exigente, extremamente ocupada, vivia para o trabalho e para os bens materiais. Tinha o desejo, quase uma obsessão, de chegar a presidente da empresa onde trabalhava. Durante o seu percurso académico tinha feito muitos cursos paralelos aos da universidade na expectativa de um dia mais tarde ser uma mulher de sucesso. Cria sê-lo para provar aos homens o que as mulheres são capaz, tinha ficado a dever isso à sua mãe, também ela desde muito nova tinha sido uma excelente aluna e por causa do marido tinha deixado esse sonho a meio, fruto do machismo. Chegou a perder algumas relações amorosas por nunca ter conseguido desapegar-se do seu fanatismo pela profissão, embora o último com quem se envolvera a tivera marcado muito. Era uma das suas viagens de negócios, decisiva para a sua ascensão na carreira, depois de terminar mais uma relação amorosa, seguiu para o aeroporto. Teve um acidente de automóvel mas pôs a viagem em primeiro lugar, como sempre, e não prestou auxilio aos feridos. A viagem estava marcada para as 10 horas da manhã e no seu relógio contavam já 10h40, ou seja, por motivos desconhecidos aos futuros passageiros o voo estava atrasado. Usando o seu poder no mundo dos negócios e da sociedade em si, reivindicou obter informação para saber qual o motivo de tanto atraso. Informaram-lhe que haviam problemas no avião e que estavam a querer resolve-los o mais depressa possível. Sem se saber qual a sua estratégia conseguiu que o avião descolasse mesmo assim.Estava uma enorme tempestade no meio do oceano e era-lhes recomendável voltar para trás mas como ela havia mais pessoas a querer chegar rapidamente ao destino. O avião em que seguia desapareceu do radar. Foram minutos de grande desespero tanto para os tripulantes como para os controladores de tráfego. Estavam a temer o pior. Há uns anos, na mesma viagem tinha acontecido o mesmo, um avião com o mesmo destino tinha-se despenhado e não tinha havido sobreviventes.Enquanto estavam em perigo a mulher nunca pôs a hipótese de poder morrer, era algo que a sua cabeça cheia de ideias para o novo negócio não tinha espaço.O avião onde seguia despenha-se e estranhamente morreu toda a tripulação menos ela. Como é que ela vai conseguir sobreviver numa ilha deserta, vendo-se privada de todo o conforto e da vida agitada a que estava habituada ou será que vai ser encontrada?
REENCONTRO PAI/FILHO APÓS 25 ANOS
Filho foge de casa devido a uma discussão com os pais. Após 25 anos sem se verem, sem saberem nada do paradeiro uns dos outros, o pai adoece, tendo como último desejo voltar a ver o seu filho. Devido às suas dificuldades financeiras, a mãe não sabendo o que fazer lastimou-se à vizinha. Esta, por sua vez, contou aos outros vizinhos que decidiram juntar-se de modo a arranjar maneira de contactar o filho.
BARRIGA DE ALUGUER PARA HOMOSSEXUAIS
Uma rapariga faz de barriga de aluguer para um casal de homosexuais que desejam ter filhos. Mais tarde, o homosexual não doador de esperma, acaba por se apaixonar pela rapariga e ela por ele, querendo ambos ficar com o filho para eles. Contudo, o dador de esperma move uma acção para obter a custódia do filho. Em portugal não háleis sobre os homosexuais terem filhos, é uma lei aberta, este seria o 1º caso a ser julgado em Portugal.Assim como as barrigas de aluguer serem proibidas em Portugal. Como será resolvido este caso?
VÍTIMA DE CEGUEIRA NUM ASSALTO COMETE BIGAMIA
Dois jovens apaixonados, casados, acordam a meio da noite com alguns distúrbios. Verifica-se então que a sua casa está a servir de barricada, de um grupo de ladrões que tentou assaltar o banco que fica no lado oposto da rua. A jovem acaba por sofrer algumas escoriações na vista, vitima da violência dos ladrões , acabando por ficar invisual. A jovem acaba por recuperar a visão, e desejosa de partir para um novo mundo de aventuras, deixa o rapaz amado.Foge para o Brasil, aí conhece um brasileiro e decide casar com ele. Mas comete bigamia, pois ainda está casada com o 1º marido. Este descobre que ele voltou a casar e denuncia-a, ele vai falar com ele e pede-lhe o divórcio, no entanto, ele recusa dar-lhe o divórcio pois enquanto ela esteve cega não a abandonou e ela assim que recupera a visão abandona-o.
CASAL ITALIANA/AFEGÃO
Uma rapariga italiana apaixona-se por um rapaz afegão. Habituada aos costumes ocidentais, por amor ela converte-se à religião do seu amado, acabando por casar-se com ele. Vão morar para o Afeganistão, mas ela fica doente. Os médicos consideram que aquela doença se deve às dificuldades de adaptação da rapariga. Posto isto faz dela sua escrava e não a deixa sair do Afegão, confisca-lhe o passaporte, pois nesta religião a mulher é propriedade do marido. A rapariga que não conhece ninguem não sabe o que fazer nem a quem pedir ajuda pois nem de casa pode sair.
CIDADE DO INTERIOR - BRAGANÇA
Jovem que fica sem os pais muito cedo. Morrem ambos num acidente de viação quando ele tinha apenas 15 anos.Sem familiares que aceitassem a asua custódia\guarda foi entregue ao seu avô que vive sozinho em Bragança. O processo é lento e doloroso para ele, os serviços sociais demoraram a entregar a “criança” ao seu parente mais próximo, neste caso o avô. Ele tem grandes dificuldades em esquecer a tragédia que se abateu sobre a sua família e em se adaptar à sua nova vida em Bragança.É-lhe difícil esquecer a tragédia e os amigos que deixou em Lisboa. Com o tempo faz novos amigos. Nunca se adapta totalmente à vida de Bragança e planeia fugir quando for maior de idade. Das poucas coisasa que faz, ele e os amigos gostam de se meter com as brasileiras da cidade, a pensar sempre em sair de casa do avô depois dos 18 anos.Vai trabalhar mais tarde para o Algarve... trabalho que não dura muito tempo. Sem arranjar trabalho assalta uma bomba de gasolina, vai preso e tenta pedir ajuda ao seu avô que se mostra hesitante por ele ter saído de Bragança.
VIGILÂNCIA GLOBAL
Devido à violência o governo obriga todas as pessoas a instalar câmaras de vigilância em todas as divisões das suas casas. Estas câmaras estão ligadas directamente a uma central de controlo da população. O governo tem, acesso a todas as acções das pessoas. Será esta nova acção do governo uma forma de censura camuflada no fim da violência?


LOCAIS:

HOSPÍCIO

Numa rua movimentada de uma grande cidade existe um prédio antigo de 4 andares que sobressai, quer pela cor verde alface da fachada, quer pela área que ocupa com grandes jardins cheios de árvores, fontes, bancos.As grades nas janelas deixam adivinhar que não se trata de um mero edifício, é na realidade um hospício, dos piores que há no país.Ao passar da porta, o ambiente torna-se pesado. As paredes brancas, cheias de infiltrações e sujidade, não escondem os longos anos que o edifício ostenta nos seus alicerces.A cada passo ouve-se o irritante ranger do soalho fazendo lembrar uma casa de terror e denunciando uma presença que se aproxima.Os largos corredores com várias portas que dão acesso aos quartos são constantemente atravessados pelos doentes que vagueiam sem rumo.Os quartos até metem medo! Camas enferrujadas com a tinta branca lascada são as únicas peças dos quartos duplos e triplos. Além destes, existem as solitárias, no 4º andar, próprias para doentes em crise aguda que têm de ser isolados e amarrados à cama.No rés-do-chão temos as salas da administração do prédio: secretaria, directoria, sala de convívio e vestiários do pessoal.No primeiro andar existem as salas comuns destinadas aos pacientes. Temos o refeitório onde existem mesas corridas que acompanham o comprimento da sala. Todos os utensílios utilizados pelos pacientes são de plástico para evitar acidentes entre estes. Na sala de convívio existem sofás castanhos de imitação de pele gastos pelo tempo, 2 televisões, uma sintonizada na RTP2 e outra na RTP1, 1 rádio sempre sintonizado no RCP, mesas e cadeiras onde se podem praticar variados jogos.Na enfermaria existem camas para aqueles que estão em agonia, rodeados de cortinas brancas. Existe também um local para a medicação diária de todos os pacientes. Junto à porta encontram-se as vitrines cheias de medicamentos.

TALHO

Num beco do bairro da Graça um toldo amarelo sobressai. É o «Talho do Zé Manel», estabelecido há 26 anos pela família Rodrigues. É conhecido por ter carne da melhor qualidade, sempre fresca.Todas as pessoas do bairro gostam de passar por ali e olhar para a montra que os deixa com vontade de entrar.Os funcionários são todos da família e a sua extrema simpatia cativa qualquer cliente, é por isso que é um talho muito conhecido ali na zona.O seu interior é bastante convidativo. As paredes brancas deixam transparecer a limpeza do local, até brilha! Na parede estão pendurados todos os utensílios de corte: facas, cutelos, amoladores, etc.O balcão de atendimento expõe toda a variedade de carnes e enchidos de forma a que o cliente possa fazer as suas escolhas da melhor maneira.Um banco convida os clientes a esperar pela sua vez. O sistema electrónico de senhas nunca deu problemas e sempre foi uma excelente forma de manter a ordem no atendimento.

CASA DE PROSTITUIÇÃO

Uma casa de luxo convida os seus clientes a desfrutar de uma agradável noite.As paredes estão forradas a papel vermelho que condiz com os sofás, que são de veludo vermelho, grandes e confortáveis. Pequenas mesas redondas de madeira castanho escuro com uma vela ao centro estão perto de todos os sofás para deleite dos clientes.Á direita da entrada está a zona de jogo, onde os clientes podem fazer as suas apostas clandestinamente.Por toda a sala existem lustres grandiosos, ornamentados com cornocópias douradas.Ao fundo da sala está o bar com as suas paredes espelhadas e prateleiras de vidro cheias de bebidas alcoólicas e espirituosas. As suas diversas cores sobressaem no contraste com a escassa iluminação.Os funcionários do bar são homens de uma certa idade com o intuito de impor algum respeito aos clientes. As barmaid são meninas jovens, de boa aparência, e com um vestuário apelativo, reduzido e descontraído.No canto direito do bar são as casas de banho com loiça preta. Por cima do lavatório e ocupando toda a parede está um espelho que reflecte três pequenas luzes amarelas. As casas de banho são espaçosas, cada uma com uma sanita e um bidé e apenas iluminadas por um pequeno feixe de luz que entra do exterior através da porta.No canto esquerdo do bar existe uma porta que conduz ao primeiro andar, onde existem quartos para os clientes desfrutarem mais do que um copo de bebida.

ESPLANADA À BEIRA MARO

Café Central sempre foi conhecido pela sua grande esplanada à beira-mar. Dezenas de mesas convidam os clientes a passar umas horas agradáveis a tomar algo.Todas as mesas e cadeiras são de verga, as mesas têm um tampo de vidro e as cadeiras têm uma almofada creme com pequenas conchas estampadas.Grandes chapéus-de-sol oferecem uma deliciosa sombra nos dias de mais calor.Todas as mesas têm um porta-guardanapos, um cinzeiro e um menu muito atractivo com vários cocktails; deliciosas tostas com o seu cheiro característico inundam o ar e fazem crescer água na boca a quem está na esplanada, baguettes, cachorros, saladas, batidos, sumos de fruta.Ao fundo da esplanada existe um palco que durante o dia serve para aulas de ginástica e à noite grupos convidados animam os clientes, há ainda 2 dias por semana com Karaôke, onde os clientes podem mostrar as suas qualidades como cantores.Nos dias de frio e para aquelas pessoas que não gostam de ficar ao sol, no interior do Café existe um pequeno espaço agradável, separado entre fumadores e não fumadores, para que possam ficar a observar através das janelas o que acontece lá fora.Como barulho de fundo surgem as conversas de quem ali está misturado com o som das ondas a rebentar na areia. As gaivotas voam em redor de um barco de pescadores que acabou de chegar. Enquanto estes recolhem as suas redes cheias, as gaivotas pairam por cima na tentativa de roubar algum peixe.

ÁTRIO DE UM HOTEL

Trata-se de um hotel de 5 estrelas, logo tudo é muito requintado e cheio de pormenores.Assim que chegamos à entrada do hotel somos bem recebidos pelos bagageiros que nos ajudam prontamente com as malas.Ao entrar deparamo-nos com uma porta giratória com um vidro tão transparente que quase se torna invisível. Somos dirigidos à recepção por duas meninas muito simpáticas que nos explicam o que devemos fazer para nos instalarmos no hotel.O movimento dos passos até faz eco, tal é a imensidão do espaço. Ao fundo da recepção, perto dos elevadores, existe um espaço de convívio com sofás e mesas. Uma altura de 10 andares termina com uma gigantesca clarabóia que ilumina todo o átrio do hotel.Em redor do átrio existem belos e enormes vasos com plantas vistosas que dão um belo colorido ao espaço. No lado esquerdo da entrada pode ver-se uma grande gaiola com umas quantas espécies de aves exóticas com penas bem coloridas que dão outro ânimo ao ambiente uma vez que estão sempre a chilrear.Há muita agitação de pessoas a entrar e a sair constantemente, hóspedes e empregados.

VETERINÁRIO

Uma moradia isolada com um grande jardim, com o relva muito verde e bem tratada, com algumas árvores de porte médio, recebe os animais e os seus respectivos donos num ambiente agradável. Ao passar o portão que é de metal com grades bem largas e que com uma protecção para que, se algum animal se soltar do canil não passe pelos espaços; é impossível não reparar no cheiro a cães, gatos, ração.O barulho dos animais a ladrar e a miar ouvia-se á distância, deixando perceber o nervosismo dos mesmos quando estão neste local.Ao passar da porta, há uma recepcionista que está sentada sempre de frente para a porta e assim consegue ver quem entra ou sai da propriedade. Entre as suas funcões está ainda anotar o nome do animal numa agenda que se encontra sobre a mesa de vidro ao lado do telefone e o motivo da consulta para poder marcar a vez.Na sala de espera encontra-se uma vitrine com variados produtos para animais: comida e acessórios (coleiras, capas, champôs, escovas, brinquedos, spray para as pulgas), nas paredes brancas estão alguns anúncios de empresas especializadas em animais assim como algumas fotografias de muitos animais na sua melhor fórmula e por fim os diplomas dos veterinários como os cursos e especializações que têm.

MERCADO

Situado numa estreita avenida que liga os Anjos à Graça, onde mal um carro consegue passar quanto mais dois, situa-se um pequeno mercado. Logo pela manhã, bem cedo, as verduras, as frutas, alguns frutos secos e os produtos da promoção do dia, encontram-se na parte de fora do estabelecimento pois os fornecedores vêm trazê-los bem cedo.A porta de entrada é pequena, só passam duas pessoas de cada vez. Uma pequena montra com prateleiras em metal e vidro, logo do lado direito, enche-nos os olhos com os maravilhosos bolos e doces tradicionais portugueses.No balcão de atendimento estão alguns enchidos, fiambres e queijos assim como bolos gelados e as sobremesas. Em cima do balcão existem alguns produtos expostos como a velha máquina registadora, o telefone, e o bloco de anotações.Atrás do balcão há uma pequena mesa de madeira onde está a máquina que serve para cortar o fiambre e o queijo.Nas paredes limpas e pintadas de branco, do lado esquerdo tem uma pequena janela onde entra pela manhã um pequeno feixe de luz, iluminando o pequeno papagaio que se encontra numa gaiola à porta da loja.O mercado é antigo, não é moderno e conserva algumas características de muitos anos atrás, mas mesmo assim é muito bem frequentado, principalmente ao fim de semana, tudo pela simpatia e receptividade das pessoas que ali trabalham.